quarta-feira, 23 de novembro de 2016

經 (Jīng) 絡 (Luò) : Os Meridianos do Corpo


(Jīng): linhas de um tecido
(Luò): fios que conectam
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O conhecimento sobre os meridianos foi obtido pelos sábios iluminados da China antiga. Através da contemplação minuciosa dos sinais existentes no céu, na terra, na natureza e em si mesmos, obtiveram a percepção do ser humano como um todo integrado, unido à natureza e ao universo. Vislumbraram o espaço-tempo como um continuum tecido por infinitos fios, os quais se entrelaçam em tramas e urdiduras, por onde flui o (sopro universal), enredado em miríade de coisas do universo. Desta infinita e vasta rede que permeia o universo, a MTC destaca um sistema que corre pelo nosso corpo e a ele deu o nome de sistema de meridianos (jing luo). São 8 meridianos extraordinários que regulam os 12 meridianos principais dos quais se ramificam meridianos menores e mais finos chamados de colaterais. Esse sistema constitui os caminhos por onde fluem o e o sangue, e através dos quais se conectam todas as partes do corpo: os 5 órgãos, as 6 vísceras, os 5 tecidos, os 5 órgãos dos sentidos, as 9 aberturas, os ossos e os membros. Os meridianos somente se concretizam quando o flui por eles. Portanto na dissecação de um cadáver não os encontramos, pois sem vida o não flui e sem fluência do não há meridianos.
Fonte consultada: LIAN GONG em 18 Terapias, Maria Lucia Lee, Pensamento.





Uma terapia excelente .. .


terça-feira, 22 de novembro de 2016

Tai Chi Chuan ~ 太極拳




Os ideogramas que compõe a palavra tai chi chuan significam:
  • 太, Tai, significa "o maior", "o mais alto", "supremo", "absoluto".
  • 極 (ou 极 em chinês simplificado), Chi (ou Ji), significa, original e literalmente, a parte mais alta do telhado - "cumeeira". Por extensão, significa também "polar".[2]
  • 拳, Chuan (ou Quan), significa "Punho",[3] aqui simbolizando "soco", "luta a mãos livres" (desarmadas), "boxe"

Este estilo de arte marcial é reconhecido também como uma forma de meditação em movimento.
Os princípios filosóficos do tai chi chuan remetem ao taoismo e à alquimia chinesa.
A relação de yin e yang, os cinco elementos, o ba gua (Oito Trigramas), o Livro das Mutações (I Ching) e o Tao Te Ching de Lao Zi são algumas das principais referências para a compreensão de seus fundamentos.
Os textos clássicos do tai chi chuan escritos pelos mestres orientam a:
  • Vencer o movimento através da quietude (Yi Jing Zhi Dong) 以靜制動
  • Vencer a dureza através da suavidade (Yi Rou Ke Gang) 以柔克剛
  • Vencer o rápido através do lento (Yi Man Sheng Kuai) 以慢勝快
tai chi chuan tem suas raízes na China, sendo, atualmente, uma arte praticada no mundo todo. É apreciado no ocidente especialmente por sua relação com a meditação (tao yin) e com a promoção da saúde, oferecendo, aos que vivem no ritmo veloz das grandes cidades, uma referência de tranquilidade e equilíbrio.

Como somos parte desta natureza, o conhecimento destes princípios e de como atuam dentro de nós, estudados pela medicina tradicional chinesa, revelam o tai chi como uma fonte efetiva de energia que encontra-se em nosso interior, situada na região do corpo nomeada pelos chineses de dantian médio
fonte consultada : wikipédia
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MESTRE LIU PAI LIN DEFINE O QUE É O TAI CHI CHUAN

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Saudação ao sol ☼ ☀

... é na simplicidade que se encontra o essencial...




“Com tempo e paciência, a folha da amoreira se transforma em um vestido de seda.”
― Provérbio Chinês.

Qì (気) : Sopro Vital



O ideograma () revela a sua natureza aérea e volátil. Os chineses o consideram um sopro vital que, à semelhança do “sopro da vida” do qual fala a Bíblia, anima toda a vida no universo. Ele envolve todas as coisas por fora e as preenche por dentro. O é invisível e intangível, não é energia nem matéria, é um elemento etéreo que potencialmente pode se transformar tanto em matéria quanto em energia, na medida que é canalizado para uma ou outra finalidade. Os chineses não questionam a sua existência e atribuem-lhe a origem de todas as coisas no universo; se as coisas crescem e desenvolvem é pela sua presença; se fenecem e morrem, é pela sua ausência. Portanto, o Qì é definido pela sua atuação. Na MTC o  é considerado uma substancia fundamental para a manutenção da vida. As atividades fisiológicas são explicadas a partir de seu movimento continuo e de suas mutações, e lhe são atribuídas as seguintes funções:
- promove o crescimento e desenvolvimento do corpo;
- transforma o alimento ingerido para formar o sangue e os fluidos corporais;
- protege o corpo de invasões de perverso externo (vento, frio, umidade, calor e fogo);
- governa a circulação do sangue e controle os fluidos do corpo (suor, urina, saliva, sêmen, fluido gástrico e intestinal), evitando a extravasão destas substancias;
- governa o metabolismo.

No corpo humano, os chineses classificam o em vários tipos, de acordo com a sua localização e associação com funções especificas, por exemplo:
- dos órgãos: localizado nos órgãos e associado às suas funções.
- dos meridianos: flui pelos meridianos.
- nutritivo: associado ao sangue.
- do peito: localizado no peito e associado à respiração, à voz e às batidas do coração.

Porém o seu estado original fundamental, comum a todos estes tipos, é denominado Zhen-Qì (qì verdadeiro),e sua formação depende de três fontes:
pré-natal: transmitido dos pais para os filhos na concepção. Está armazenado nos rins.
terrestre: proveniente da água e dos grãos, derivado da digestão dos alimentos pelo baço e o estomago.
celeste: extraído pelos pulmões do ar que respiramos.
Estes três , portanto, compõem o zhen-qì ( verdadeiro) que preenche o corpo inteiro, sendo que não há lugar que não o possua e onde ele não alcance.
O se move de forma continua fluindo pelos tecidos, órgãos e meridianos, em quatro direções básicas: partindo de um centro, ele ascende, descende, entra e sai. Quando a sua movimentação está harmoniosa, o corpo se mantem saudável, caso contrário sobrevém a doença. Portanto, o movimento do é a chave para manter o equilíbrio das várias funções psicofisiológicas.
O , relativamente a outras substancias do corpo – sangue e fluidos corporais – é de natureza yang. Porém esta não é uma condição absoluta, pois como todas as coisas pertencentes ao mundo fenomênico, ele está sujeito às leis que regem a interação do yin e yang. Assim, o é chamado de perverso ou patogênico na MTC quando apresenta um desequilíbrio na harmonia do yin e yang; e é chamado correto ou antipatogenico, quando mantém o equilíbrio dinâmico entre yin e yang. Por exemplo: o retardado apresenta desequilíbrios de natureza yin, pois se refere à sua inabilidade de se mover, por estar exaurido; quando sua movimentação é harmoniosa, existe equilíbrio dinâmico entre yin e yang.


Fonte consultada: LIAN GONG em 18 Terapias, Maria Lucia Lee, Pensamento.

domingo, 20 de novembro de 2016

Qìgōng (氣功)


5 ritos tibetanos - com Parmatma Cris ❀

Yin — Yang: a alternância dos opostos ☯


[

Os chineses consideram o céu e a terra como os pais ancestrais do mundo fenomênico. Portanto, tudo o que tem forma possui o seu lado materno, que é a natureza terrestre, e o seu lado paterno, a natureza celeste. O yin e o yang são dois símbolos utilizados para representar e explicar esta visão dialética na qual tudo o que tem forma e é percebido pela consciência e pelos sentidos submete-se às leis que regem a interação do yin e do yang.
“Em todas as coisas no universo o yin abraça o yang, e o yang carrega o yin. ”
Esta frase de Lao Zi, sábio e filosofo chinês que viveu no século VI a.C., focaliza um universo que se cria, transforma-se e se mantém através da dança das polaridades: yang (natureza celeste), que representa leveza, firmeza, expansão, claridade, serenidade, criatividade e yin (natureza terrestre), que representa densidade, maleabilidade, contração, opacidade, movimento, gestação. Portanto, yin e yang não são energias, substancias ou matéria, e sim símbolos, que representam a dualidade existente na miríade de coisas e que os sujeitam aos seguintes princípios:

     a.   Oposição entre yin e yang
Como duas faces de uma mesma moeda, as características opostas simbolizadas pelo yin e yang existem em todas as coisas na natureza. Movimento e repouso, céu e terra, alto e baixo, frente e verso (atrás), calor e frio são qualidades que se opõem e se controlam mutuamente.

     b.   Relatividade do yin e yang
Não se pode classificar algo como yin e yang de forma absoluta; tudo é relativo. Por exemplo: no corpo humano a região ventral é yin se comparada com a dorsal, porém é yang se comparada com os membros inferiores. Além disso, dentro de cada elemento classificado como yin e yang, distingue-se novamente o yin e o yang. Por exemplo: no tórax, a região ventral é yin em relação à região dorsal, porém na região ventral o peito é yang em relação ao abdômen.

     c.   Interdependência entre yin e yang
O yin não existe sem o yang e o yang não sobrevive sem o yin. Estas duas naturezas não podem existir isoladamente. Não há alto se não existe baixo, não há frente se não existe atrás (verso). Por exemplo: O (sopro vital) é de natureza yang comparado com o sangue, que é de natureza yin; o governa e movimenta o sangue, e o sangue sustenta o . Sem o o sangue não é produzido e sem o sangue o se exaure.

    d.   Equilíbrio dinâmico de crescimento e diminuição do yin e yang
A interdependência e a limitação exercidas mutuamente pelo yin e yang não são estáticas e sim dinâmicas. O crescimento e a diminuição de yin e yang se processam dentro de um equilíbrio dinâmico. Por exemplo: Na natureza, durante o dia a exalação do yang cresce e a do yin diminui, e à noite a exalação do yin cresce e a do yang diminui. No movimento de andar, enquanto um pé fica “cheio” sustentando o peso do corpo, o outro fica “vazio” e leve.

    e.   Intertransformação entre yin e yang
O yang pode se transformar em yin e vice-versa. Esta transformação ocorre quando o crescimento de uma das polaridades atinge o auge e dá nascimento a outra polaridade. Isto só é possível porque dentro do yang existe o yin e dentro do yin existe o yang. Por exemplo: Na natureza, durante o verão tardio a expansão e o calor atingem o seu auge e se transformam em seu oposto: o recolhimento e o frio do outono.

A teoria do yin-yang constituía a metodologia cientifica para o estudo das ciências naturais na antiga China. Na MTC é aplicada na explicação das funções fisiológicas e das transformações patológicas do corpo.

Fonte consultada:LIAN GONG em 18 Terapias, Maria Lucia Lee, Pensamento.







Biotipologia - Carlos Beretta - As Doenças, os Temperamentos e a Dieta B...

AS CEFALÉIAS E AS CORRELAÇÕES COM OS ÓRGÃOS E VÍSCERAS NA MTC*


                                                     (*) Medicina Tradicional Chinesa

OS CICLOS CIRCADIANOS E A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA


OS MERIDIANOS DO CORPO ⇜ ⇝



Inicio este blog  para compartilhar meus estudos e práticas desta nobre ciência: a Acupuntura Chinesa um dos ramos da Medicina Tradicional Chinesa, ao lado da Moxabustão, TuiNá, Fitoterapia Chinesa, Ventosaterapia e Biotipologia Alimentar.