quinta-feira, 24 de novembro de 2016
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
經 (Jīng) 絡 (Luò) : Os Meridianos do Corpo
經 (Jīng): linhas de um tecido
絡 (Luò):
fios que conectam
.................
O conhecimento sobre os meridianos foi obtido
pelos sábios iluminados da China antiga. Através da contemplação minuciosa dos
sinais existentes no céu, na terra, na natureza e em si mesmos, obtiveram a
percepção do ser humano como um todo integrado, unido à natureza e ao universo.
Vislumbraram o espaço-tempo como um continuum
tecido por infinitos fios, os quais se entrelaçam em tramas e urdiduras, por
onde flui o qì (sopro universal),
enredado em miríade de coisas do universo. Desta infinita e vasta rede que
permeia o universo, a MTC destaca um sistema que corre pelo nosso corpo e a ele
deu o nome de sistema de meridianos (jing
luo). São 8 meridianos extraordinários
que regulam os 12 meridianos principais
dos quais se ramificam meridianos menores e mais finos chamados de colaterais. Esse sistema constitui os
caminhos por onde fluem o qì e o
sangue, e através dos quais se conectam todas as partes do corpo: os 5 órgãos,
as 6 vísceras, os 5 tecidos, os 5 órgãos dos sentidos, as 9 aberturas, os ossos
e os membros. Os meridianos somente se concretizam quando o qì flui por eles. Portanto na dissecação
de um cadáver não os encontramos, pois sem vida o qì não flui e sem fluência do qì
não há meridianos.
Fonte consultada: LIAN GONG em 18 Terapias,
Maria Lucia Lee, Pensamento.
terça-feira, 22 de novembro de 2016
Tai Chi Chuan ~ 太極拳
Os ideogramas que compõe a palavra tai chi chuan significam:
- 太, Tai, significa "o maior", "o mais alto", "supremo", "absoluto".
- 極 (ou 极 em chinês simplificado), Chi (ou Ji), significa, original e literalmente, a parte mais alta do telhado - "cumeeira". Por extensão, significa também "polar".[2]
- 拳, Chuan (ou Quan), significa "Punho",[3] aqui simbolizando "soco", "luta a mãos livres" (desarmadas), "boxe"
Os princípios filosóficos do tai chi chuan remetem ao taoismo e à alquimia chinesa.
A relação de yin e yang, os cinco elementos, o ba gua (Oito Trigramas), o Livro das Mutações (I Ching) e o Tao Te Ching de Lao Zi são algumas das principais referências para a compreensão de seus fundamentos.
Os textos clássicos do tai chi chuan escritos pelos mestres orientam a:
- Vencer o movimento através da quietude (Yi Jing Zhi Dong) 以靜制動
- Vencer a dureza através da suavidade (Yi Rou Ke Gang) 以柔克剛
- Vencer o rápido através do lento (Yi Man Sheng Kuai) 以慢勝快
O tai chi chuan tem suas raízes na China, sendo, atualmente, uma arte praticada no mundo todo. É apreciado no ocidente especialmente por sua relação com a meditação (tao yin) e com a promoção da saúde, oferecendo, aos que vivem no ritmo veloz das grandes cidades, uma referência de tranquilidade e equilíbrio.
Como somos parte desta natureza, o conhecimento destes princípios e de como atuam dentro de nós, estudados pela medicina tradicional chinesa, revelam o tai chi como uma fonte efetiva de energia que encontra-se em nosso interior, situada na região do corpo nomeada pelos chineses de dantian médio
fonte consultada : wikipédia
.
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segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Qì (気) : Sopro Vital
O ideograma Qì (気) revela a sua natureza aérea e volátil. Os chineses o
consideram um sopro vital que, à semelhança do “sopro da vida” do qual fala a
Bíblia, anima toda a vida no universo. Ele envolve todas as coisas por fora e
as preenche por dentro. O Qì é
invisível e intangível, não é energia nem matéria, é um elemento etéreo que
potencialmente pode se transformar tanto em matéria quanto em energia, na
medida que é canalizado para uma ou outra finalidade. Os chineses não
questionam a sua existência e atribuem-lhe a origem de todas as coisas no
universo; se as coisas crescem e desenvolvem é pela sua presença; se fenecem e
morrem, é pela sua ausência. Portanto, o Qì
é definido pela sua atuação. Na MTC o Qì
é considerado uma substancia fundamental para a manutenção da vida. As atividades
fisiológicas são explicadas a partir de seu movimento continuo e de suas
mutações, e lhe são atribuídas as seguintes funções:
- promove o crescimento e
desenvolvimento do corpo;
- transforma o alimento
ingerido para formar o sangue e os fluidos corporais;
- protege o corpo de
invasões de Qì perverso externo
(vento, frio, umidade, calor e fogo);
- governa a circulação do
sangue e controle os fluidos do corpo (suor, urina, saliva, sêmen, fluido gástrico
e intestinal), evitando a extravasão destas substancias;
- governa o metabolismo.
No corpo humano, os chineses
classificam o Qì em vários tipos, de
acordo com a sua localização e associação com funções especificas, por exemplo:
- Qì dos órgãos: localizado nos órgãos e associado às suas funções.
- Qí dos meridianos: flui pelos meridianos.
- Qì nutritivo: associado ao sangue.
- Qì do peito: localizado no peito e associado à respiração, à voz e
às batidas do coração.
Porém o seu estado original
fundamental, comum a todos estes tipos, é denominado Zhen-Qì (qì verdadeiro),e sua formação depende de três fontes:
Qì
pré-natal: transmitido dos pais para os filhos na concepção. Está armazenado
nos rins.
Qì
terrestre: proveniente da água e dos grãos, derivado da digestão dos alimentos
pelo baço e o estomago.
Qì
celeste: extraído pelos pulmões do ar que respiramos.
Estes três qì, portanto, compõem o zhen-qì (qì verdadeiro) que preenche o corpo inteiro, sendo que não há lugar
que não o possua e onde ele não alcance.
O Qì se move de forma continua fluindo pelos tecidos, órgãos e
meridianos, em quatro direções básicas: partindo de um centro, ele ascende,
descende, entra e sai. Quando a sua movimentação está harmoniosa, o corpo se
mantem saudável, caso contrário sobrevém a doença. Portanto, o movimento do Qì é a chave para manter o equilíbrio das
várias funções psicofisiológicas.
O Qì, relativamente a outras substancias do corpo – sangue e fluidos
corporais – é de natureza yang. Porém
esta não é uma condição absoluta, pois como todas as coisas pertencentes ao
mundo fenomênico, ele está sujeito às leis que regem a interação do yin e yang. Assim, o Qì é
chamado de perverso ou patogênico na MTC quando apresenta um desequilíbrio na
harmonia do yin e yang; e é chamado correto ou
antipatogenico, quando mantém o equilíbrio dinâmico entre yin e yang. Por exemplo:
o qì retardado apresenta desequilíbrios
de natureza yin, pois se refere à sua
inabilidade de se mover, por estar exaurido; quando sua movimentação é
harmoniosa, existe equilíbrio dinâmico entre yin e yang.
Fonte consultada: LIAN GONG
em 18 Terapias, Maria Lucia Lee, Pensamento.
domingo, 20 de novembro de 2016
Yin — Yang: a alternância dos opostos ☯
[
Os chineses consideram o céu
e a terra como os pais ancestrais do mundo fenomênico. Portanto, tudo o que tem
forma possui o seu lado materno, que é a natureza terrestre, e o seu lado
paterno, a natureza celeste. O yin e
o yang são dois símbolos utilizados
para representar e explicar esta visão dialética na qual tudo o que tem forma e
é percebido pela consciência e pelos sentidos submete-se às leis que regem a
interação do yin e do yang.
“Em
todas as coisas no universo o yin abraça o yang, e o yang carrega o yin. ”
Esta frase de Lao Zi, sábio e filosofo chinês que
viveu no século VI a.C., focaliza um universo que se cria, transforma-se e se
mantém através da dança das polaridades: yang
(natureza celeste), que representa leveza, firmeza, expansão, claridade,
serenidade, criatividade e yin (natureza terrestre), que representa densidade,
maleabilidade, contração, opacidade, movimento, gestação. Portanto, yin e yang não são energias, substancias ou matéria, e sim símbolos, que
representam a dualidade existente
na miríade de coisas e que os sujeitam aos seguintes princípios:
a.
Oposição
entre yin e yang
Como
duas faces de uma mesma moeda, as características opostas simbolizadas pelo yin e yang existem em todas as coisas na natureza. Movimento e repouso,
céu e terra, alto e baixo, frente e verso (atrás), calor e frio são
qualidades que se opõem e se controlam mutuamente.
b.
Relatividade
do yin e yang
Não
se pode classificar algo como yin e yang de forma absoluta; tudo é relativo.
Por exemplo: no corpo humano a região ventral é yin se comparada com a dorsal, porém é yang se comparada com os membros inferiores. Além disso, dentro de
cada elemento classificado como yin e
yang, distingue-se novamente o yin e o yang. Por exemplo: no tórax, a região ventral é yin em relação à região dorsal, porém na
região ventral o peito é yang em
relação ao abdômen.
c.
Interdependência
entre yin e yang
O yin não existe sem o yang e o yang não sobrevive sem o yin.
Estas duas naturezas não podem existir isoladamente. Não há alto se não existe
baixo, não há frente se não existe atrás (verso). Por exemplo: O Qì (sopro vital) é de natureza yang comparado com o sangue, que é de
natureza yin; o Qì governa e movimenta o sangue, e o sangue sustenta o Qì. Sem o Qì o sangue não é produzido e sem o sangue o Qì se exaure.
d.
Equilíbrio
dinâmico de crescimento e diminuição do yin e yang
A interdependência
e a limitação exercidas mutuamente pelo yin
e yang não são estáticas e sim dinâmicas.
O crescimento e a diminuição de yin e
yang se processam dentro de um equilíbrio
dinâmico. Por exemplo: Na natureza, durante o dia a exalação do yang cresce e a do yin diminui, e à noite a exalação do yin cresce e a do yang
diminui. No movimento de andar, enquanto um pé fica “cheio” sustentando o peso
do corpo, o outro fica “vazio” e leve.
e.
Intertransformação
entre yin e yang
O yang pode se transformar em yin e vice-versa. Esta transformação
ocorre quando o crescimento de uma das polaridades atinge o auge e dá
nascimento a outra polaridade. Isto só é possível porque dentro do yang existe o yin e dentro do yin existe
o yang. Por exemplo: Na natureza,
durante o verão tardio a expansão e o calor atingem o seu auge e se transformam
em seu oposto: o recolhimento e o frio do outono.
A
teoria do yin-yang constituía a
metodologia cientifica para o estudo das ciências naturais na antiga China. Na
MTC é aplicada na explicação das funções fisiológicas e das transformações
patológicas do corpo.
Fonte
consultada:LIAN GONG em 18 Terapias, Maria Lucia Lee, Pensamento.
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